"Se fosse presidente, o ataque de 7 de outubro nunca tinha acontecido"
- 05/02/2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu uma conferência ao lado de Benjamin Netanyahu, na Casa Branca. "É o primeiro chefe de Estado a visitar a nossa administração. É uma honra ter-te aqui, Bibi. Os laços com Israel são inquebráveis", disse Trump, depois de já ter conversado com Netanyahu na Sala Oval.
Numa 'onda' de críticas à administração anterior, Trump referiu que tudo teria sido diferente consigo no poder: "Se fosse presidente o [ataque] 7 de Outubro nunca tinha acontecido", garantiu, dizendo depois que também a guerra na Ucrânia não se teria passado - uma ideia já defendida.
Trump disse também que conversou com Netanyahu sobre como os EUA e Israel podem "trabalhar em conjunto para garantir que o Hamas é eliminado e restaurar a paz na região".
Trump vê um futuro diferente para aquele pedaço de terra. Ele tem uma ideia diferente. Vale a pena pensar nela. Pode mudar a História
Repetindo o que já tinha dito durante o encontro na Sala Oval, Trump falou acerca da eventual deslocação de palestinianos para outros países, garantindo que estas pessoas devem ser deslocadas "para uma aérea bonita para que possam viver em paz e harmonia".
“Os EUA vão apoderar-se da Faixa de Gaza e nós também vamos fazer um trabalho com ela", referiu, falando também na criação de empregos no Médio Oriente. Questionado sobre o assunto, Trump disse que ia ser "magnífico" e que "estudou" a situação "durante muitos meses". "Se os EUA puderem ajudar a trazer estabilidade, vão fazê-lo", atirou.
Em relação a esta questão, Netanyahu respondeu: "Trump vê um futuro diferente para aquele pedaço de terra. Ele tem uma ideia diferente. Vale a pena pensar nela. Pode mudar a História".
Já antes, Netanyahu tinha elogiado Trump, dizendo que este era "amigo" do estado judeu. "É o melhor amigo que Israel já teve na Casa Branca", vincou.
Falando do segundo mandato de Trump, considerou que este demorou pouco tempo a agir e a lutar ao 'ao lado' de Telavive, não só contra o Hamas, mas com o Irão também 'na mira'. "Senhoras e senhoras, isto tudo em duas semanas. Podemos imaginar onde estará daqui a quatro anos?"
Netanyahu falou também dos objetivos de Israel em Gaza, dizendo que o primeiro é o de destruir o Hamas, o segundo prende-se com a libertação de "todos os reféns" e, por último: "Garantir que Gaza não é nunca mais uma ameaça para Israel".
O chefe de governo de Israel continuou ainda a deixar elogios a Trump, apontando que este pensava "fora da caixa" e que "via coisas que os outros se recusavam a ver, assim como dizia algo que outros não". "E depois o que dizem? 'Ele estava certo'".
[Notícia atualizada às 00h17, de 5 de fevereiro]
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