Filha mais velha viu Maradona morrer em casa nojenta e com cheiro a urina

  • 16/04/2025

"O lugar era nojento, cheirava a urina e a cama que lá havia era nojenta. Havia um banheiro portátil, um painel colocado nas janelas para que não houvesse luz e uma porta de correr. O quarto era horrível", denunciou Dalma Maradona, uma das duas filhas resultantes da relação do progenitor com Claudia Villafañe, ao depor em Buenos Aires.

 

Criticando a equipa médica responsável pela assistência ao seu pai, Dalma admitiu que a casa onde o ex-futebolista morreu não oferecia as condições que os profissionais clínicos haviam prometido quando decidiram interná-lo no domicílio e não num centro hospitalar.

"Não havia casa de banho por perto e a cozinha era nojenta. Não tenho provas de que alguém estivesse encarregue da limpeza", prosseguiu Dalma, segunda descendente de Maradona a falar em tribunal, após Jana, nascida da relação do pai com Valeria Sabalain.

Dalma lamentou ainda ter confiado na palavra no neurocirurgião Leopoldo Luque, que, na sequência de uma operação do ex-internacional argentino a um hematoma na cabeça, não terá cumprido a hospitalização domiciliária prometida, sendo apontado como uma das pessoas que dificultaram o contacto do paciente com a sua família aquando da sua morte.

"Disseram-nos que estava tudo bem e sob controle, mas não nos deixaram entrar [em casa], pelo que não pudemos confirmar se isso era verdade", acrescentou, garantindo que os familiares tinham pouca influência e não participavam nas tomadas de decisão da equipa médica sobre os procedimentos clínicos aplicados a Diego Maradona depois da operação.

Entre lágrimas, a filha contou que viu o pai pela última vez no dia da sua morte, estando coberto com um lençol e tendo "o rosto, as mãos, a barriga e o corpo muito inchados".

O depoimento de Dalma seguiu-se ao de Víctor Stinfale, advogado e amigo de Maradona, que questionou igualmente as condições do confinamento domiciliário encarado pelo ex-futebolista e o papel de Leopoldo Luque, um dos acusados no processo, tendo afirmado que os médicos "estavam preocupados com a adição de Diego e não com o seu coração".

Sete profissionais de saúde estão a ser julgados por alegada negligência na morte de Diego Armando Maradona, em 25 de novembro de 2020, podendo receber penas de prisão de oito a 25 anos.

O julgamento começou em 11 de março e deverá durar até julho, tendo duas audiências agendadas por semana e quase 120 testemunhas esperadas, sendo que os réus negam responsabilidades pela morte do campeão mundial de seleções pela Argentina em 1986.

Antigo avançado de Boca Juniors, FC Barcelona ou Nápoles, entre outros clubes, Diego Maradona morreu aos 60 anos, vítima de uma crise cardiorrespiratória, numa cama médica numa residência privada em Tigre, a norte de Buenos Aires, onde recuperava de uma neurocirurgia a um hematoma na cabeça.

Leia Também: "Diego Maradona morreu porque não viram como estava o seu coração"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/desporto/2768614/filha-mais-velha-viu-maradona-morrer-em-casa-nojenta-e-com-cheiro-a-urina?utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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