PSD aprovou 43 candidatos autárquicos e assegura mais 90% escolhidos
- 22/01/2025
Pedro Alves falava aos jornalistas a meio do Conselho Nacional do PSD, que foi antecedido de uma reunião da Comissão Política Nacional, órgão que tem a competência estatutária para homologar as candidaturas aprovadas pelas distritais e propostas pelas concelhias.
"Trata-se de um processo que nós vamos realizar até ao final do primeiro trimestre, como já começámos há cerca de dois anos (...) Temos hoje condições para dizer que mais de 90% dos candidatos estão hoje escolhidos, embora não estejam aprovados, por mera questão de procedimento estatutário", afirmou Pedro Alves.
Entre os candidatos aprovados, contam-se três das 18 capitais de distrito: para Braga, onde Ricardo Rio atingiu a limitação de mandatos, o escolhido foi o vereador João Rodrigues; em Santarém, recandidata-se o atual presidente da Câmara João Teixeira Leite; e, em Évora, o presidente da concelhia Henrique Sim-Sim.
Foi também aprovado o candidato à Câmara de Cascais, o atual vice-presidente do executivo de Carlos Carreiras e líder da concelhia Nuno Piteira Lopes, bem como o de Loures, o vereador Nélson Baptista.
Entre as quatro dezenas de candidatos aprovados, conta-se também a Guimarães o líder da concelhia Ricardo Araújo, a Estremoz a deputada Sónia Ramos, a Santo Tirso o líder da concelhia Ricardo Pereira e a Paredes de Coura a deputada Emília Cerqueira.
Sobre eventuais coligações autárquicas, o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, afirmou perante os conselheiros nacionais que o parceiro natural continuará a ser o CDS e admitiu algumas alianças com a Iniciativa Liberal.
Já em relação ao Chega, repetiu a frase que tem sido utilizada pelo Montenegro quanto a alianças com o partido liderado por André Ventura: "Não é não".
Aos jornalistas, Pedro Alves salientou que as orientações estratégicas já aprovadas pela direção abrem a porta não apenas a candidaturas com outros partidos, mas também ao apoio a movimentos de cidadãos.
No documento de orientação estratégica para as autárquicas aprovado pela Comissão Política Nacional em dezembro passado, define-se que todos os candidatos autárquicos devem estar homologados pela direção até final de março.
O mesmo documento abre a porta ao apoio de candidaturas independentes por parte do PSD e, nas capitais de distrito e municípios com mais de cem mil eleitores, fixa uma "concertação prévia obrigatória" entre estruturas locais e direção nacional.
O PSD já definiu como objetivo tornar-se "a força política mais representativa do país" nas eleições que decorrerão em setembro/outubro de 2025, meta que foi repetido pelo presidente do partido, Luís Montenegro, no Conselho Nacional de terça-feira.
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